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- 29/10/21

Captação de recursos de investidores para empresas de tecnologia

captação de recursos de investidores - grupo em uma reunião

Diante de um mercado em constante evolução, todas empresas que pretendem obter sucesso nos negócios devem estar em constante atualização e busca por inovações. Mas, para isso, é preciso obter recursos financeiros com o objetivo de custear o investimento.

Se a empresa não possui recursos próprios ou ainda nem é uma empresa, está na fase de elaboração do projeto e não consegue nem iniciar a operar, como fazer para obter recursos, já que nos bancos, via de regra, não atenderão às exigências?

A resposta está no mercado de investidores. Sim, há “investidores profissionais” que se dedicam exclusivamente a investir em empresas com potencial de crescimento, só esperando receber uma boa proposta para investir.

A captação de recursos de investidores tem crescido a cada ano e no setor de tecnologia ainda mais. Mesmo com a pandemia, a demanda por tecnologia aumentou, tanto para atender necessidades pessoais como profissionais. Hoje todos dependem da tecnologia e, por isso, o mercado está crescendo e ainda tem muito espaço para novos negócios.

 

O que é captação de recursos de investidores

A captação de recursos é uma necessidade de toda e qualquer empresa, independente de porte e fase. Para que ela possa exercer a atividade empresarial, é preciso recursos financeiros para custear suas operações ou investir na expansão dos negócios, criar um produto novo, enfim, as finalidades são diversas, dependendo da demanda. O fato é que sem capital nenhuma empresa sobrevive.

Há diversas formas de captar recursos no mercado, seja por meio de empréstimos dos mais variados tipos, em instituições bancárias, ou através de terceiros, que podem ter uma relação societária (ou não) com a empresa, dependendo das intenções das partes.

Como todos sabem, a busca por capitais em bancos custa muito caro e exige determinadas condições que nem sempre as empresas conseguem atender. Isso faz aumentar a busca por uma alternativa mais barata para conseguir capital.

A busca por investidores é a forma mais acessível e sustentável financeiramente para as empresas conseguirem atingir seu objetivo de crescer no mercado e prosperar. Para isso, se mostra necessário buscar investidores que se interessem pelo negócio da empresa e queiram aportar capital, almejando obter alguma vantagem futura.

Uma decisão importante que deve ser tomada pelo empreendedor é o valor do recurso necessário, sua destinação e o que o investidor terá em troca, pois há vários tipos de captação com perfis diferentes, sendo que esses investimentos podem ser um verdadeiro divisor de águas para a empresa.

 

Tipos de captação de recursos de investidores

Há diversos tipos de captação de recursos de investidores, sendo os principais os seguintes:

 

Aceleradoras

Voltadas para negócios já em andamento, têm como objetivo acelerar o crescimento do negócio oferecendo mentorias, estrutura de estudos, redes de contatos para networking, auxílio na gestão financeira, comercial ou de desenvolvimento do produto e participação em eventos. Em troca, a aceleradora recebe uma parte da participação societária.

 

Incubadoras

Atuam na fase embrionária do projeto e auxiliam a estruturar e desenvolver o negócio no início das atividades, oferecendo o suporte para o modelo de negócio, técnicas de apresentação, entre outros.

 

Capital semente

É o investimento realizado na fase inicial do negócio, quando ainda é apenas um projeto no papel. Normalmente, o investidor entra com o capital e passa a participar ativamente no desenvolvimento da empresa, oferecendo todo tipo de suporte necessário.

 

Investidor anjo

São pessoas físicas que investem capital próprio em empresas que estão na fase inicial de atividade, mas há grande potencial de crescimento. O investidor anjo também auxilia no desenvolvimento do negócio, sem se envolver no dia a dia.

 

Financiamento coletivo (crowdfunding)

A empresa a ser financiada apresenta seu projeto e planos de investimento em plataformas específicas para esse tipo de operação. Quem se interessar pode contribuir com o valor que quiser.

 

Venture capital

Normalmente são fundos de investimentos estruturados especificamente para essa finalidade, que aplicam recursos nas empresas em fase inicial, mas com expectativa de crescimento rápido e alta rentabilidade. Os fundos compram uma parte societária da empresa ou direitos de participação com influência na gestão do negócio.

 

Private Equity

Normalmente são fundos de investimentos que investem em empresas com operação mais sólida, em fase de expansão ou reestruturação, comprando uma parte da participação societária e podem oferecer suporte para a expansão do negócio e alta rentabilidade em longo prazo com o objetivo de abrir o capital.

Na maioria dos tipos de investimento não se pode considerar apenas o aporte de capital, mas há outro tipo de investimento que muitas vezes podem trazer resultados muito superiores do que a injeção de dinheiro, é o chamado smart money, que nada mais é do que o valor agregado que o investidor pode trazer ao negócio, seja com sua expertise bem-sucedida nos negócios, mentorias, orientações e principalmente sua rede de relacionamentos, o que pode impulsionar o negócio de forma muito mais rápida.

 

Como fazer a captação de recursos de investidores

Para fazer a captação de recursos de investidores, é preciso que o empreendedor se prepare muito e tenha todas as informações necessárias na ponta da língua. Precisa saber tudo do seu negócio ou projeto. Não pode deixar dúvidas no investidor, jamais deve responder a uma pergunta com “não sei” ou “não tenho a informação”.

O investidor precisa estar 100% seguro de que o negócio é bom, confiável, tem potencial de crescimento, você é a pessoa certa para gerir o dinheiro dele no seu negócio. Para isso, é preciso fazer um planejamento estratégico completo.

O primeiro passo é o empreendedor conseguir se destacar em relação aos seus concorrentes, pois isso fará com que possíveis investidores se interessem pela inovação ou novidade apresentada, bem como o potencial futuro, porque nenhum investidor vai aportar capital em um negócio olhando apenas o presente, ele se importa mais com o futuro.

Dentro do plano estratégico é preciso que esteja muito claro e fundamentado onde o capital será investido, como será gerido, os resultados que trará aos negócios e o prazo estimado. É fundamental sempre ter propriedade ao falar e justificar o que está projetado. Não se pode usar essas informações aleatoriamente, é preciso um estudo profundo do mercado.

Depois de definir o valor necessário, onde e como serão investidos os resultados e o prazo estimado, é preciso pensar em alternativas a serem oferecidas ao investidor em relação à participação societária.

Uma boa apresentação do cenário presente, as projeções, oportunidades, números da empresa e do mercado e todas as informações que forem importantes para “vender o peixe” ao investidor devem estar expostas de forma objetiva e simples. Isso fará com que o investidor tenha mais confiança e segurança no negócio.

O empreendedor também precisa deixar muito claro ao investidor as vantagens que ele terá, demonstrando a viabilidade econômica, os diferenciais e oportunidades que farão a empresa decolar, sempre lembrando de não supervalorizar ou aumentar os números para não gerar desconfianças no investidor.

É importante valorizar os pontos positivos, mas sem exageros, e também é preciso estar preparado para expor os pontos negativos do negócio. Mas, sempre que um ponto negativo ou arriscado for mencionado, é importante apresentar imediatamente a solução, focando e ressaltando os pontos positivos e benefícios que o investidor terá.

Os números do negócio, se já estiver em operação, ou as projeções, se estiver em fase pré-operacional, são determinantes na decisão do investidor. Saiba os números reais, atualizados e as projeções com o investimento.

Após ter todas as informações necessárias na cabeça, treinar a apresentação é muito importante, assim como estar consciente de que podem surgir imprevistos e perguntas inesperadas.

 

Quando fazer captação de recursos financeiros

A preparação da empresa e do empreendedor para buscar um investidor deve ser planejada, buscando e preparando todas as informações, estudando o negócio como um todo e também analisando qual é o melhor momento para buscar a captação de recursos.

O momento ideal vai variar de empresa para empresa, pois vários fatores influenciam nessa decisão, como, por exemplo, o amadurecimento do negócio ou projeto, a preparação do empreendedor, as oportunidades de mercado, momento econômico do país, estudo dos concorrentes e até o momento político.

Para empresas que já operam normalmente, pode-se buscar recursos para desenvolver um novo produto, viabilizar a expansão quando há a expectativa de melhoria e crescimento da empresa. Portanto, o planejamento é crucial para chegar ao momento preparado.

No caso de empresas em fase pré-operacional, é preciso estar com o projeto finalizado antes de buscar o investidor, bem como o estudo completo do mercado, da proposta do negócio, os diferenciais, oportunidades e toda a estrutura que será necessária para implementar o projeto.

 

A importância de fazer captação de recursos de investidores

Todas as empresas precisam realizar constantes investimentos e buscar inovações, mas dependendo da situação de cada uma, a questão mais relevante é onde e como buscar os recursos, sem ter reserva de capital ou bens próprios para dar em garantia, de forma a atender todas as exigências bancárias.

Certamente essas questões devem ser levadas em consideração antes de se decidir quando e como realizar a captação de recursos e se os empreendedores estão dispostos a aceitar um novo sócio ou credor – investidor – no negócio.

Importante lembrar que a escolha pela captação de recursos de investidores normalmente exige que as empresas tenham que profissionalizar a gestão, bem como busquem estabelecer uma estrutura de governança corporativa adequada, pois a transparência nas ações, decisões e prestações de contas será fundamental para o investidor acompanhar o negócio e até decidir pelo aporte de mais recursos. Além disso, estar em compliance é fundamental para se evitar quaisquer problemas futuros, ou a geração de contingências para o investidor.

 

Erros ao fazer a captação de recursos de investidores

Independentemente do tipo de captação de recursos que a empresa vá buscar, é preciso evitar alguns erros básicos que podem influenciar o resultado da busca pelo capital.

Os erros mais usuais cometidos pelos empreendedores são não saber exatamente qual é a necessidade de capital do negócio, não manter as finanças da empresa organizadas, não identificar a fase em que a empresa está, não conhecer os números da sua empresa e do mercado, não conseguir comprovar números apresentados de forma aleatória, não ter a mesma ambição e objetivo do investidor, bem como não ter a assessoria jurídica adequada para estruturar sua governança corporativa de forma eficiente e se manter em compliance.

Por mais que o empreendedor conte com uma empresa especializada na busca de investidores, a participação do fundador é essencial e fará a diferença entre convencer o investidor de realizar um bom negócio ao investir na empresa, ou não.

 

Crowdfunding em empresa de tecnologia

O crowdfunding, ou financiamento coletivo, tem sido muito utilizado para financiar projetos tecnológicos de menor custo, mas tem pontos positivos e negativos que devem ser avaliados antes de se decidir sobre o seu uso, ou não.

Primeiramente, é importante ressaltar que apesar do crowdfunding ser utilizado no Brasil, ainda não é regulamentado de forma específica. Há apenas algumas leis e regulamentos que tratam da questão de forma superficial, bem como um projeto de lei que tem o objetivo de regulá-lo.

No crowdfunding o empreendedor cadastra informações do seu negócio em plataformas específicas, determina o valor a ser levantado e o prazo de duração da operação.

Com isso, os usuários da plataforma acessam as informações e, se tiverem interesse, podem contribuir com algum valor (geralmente estabelecidos na forma de níveis de investimento – tiers), recebendo em contrapartida uma participação societária do negócio ou algum outro benefício (como o produto que se pretende produzir), o que faz aumentar exponencialmente as possibilidades de o empreendedor conseguir atingir o valor pretendido e em muitos casos até ultrapassá-lo.

Se por um lado a divulgação do negócio em plataformas de crowdfunding aumenta a exposição do negócio e atinge um número incontável de interessados, o que viabiliza a captação de recursos, por outro lado, a relação futura do empreendedor com os investidores também é mais complexa, pois a relação com um ou dois investidores já pode ser trabalhosa, mas com dezenas ou centenas deles é muito mais, cabe ao empreendedor avaliar o que pretende e planejar sua relação futura com potenciais investidores.

 

Sociedade em empresas de tecnologia

A relação entre sócios de empresas, independente do segmento, sempre é uma situação delicada e nas empresas de tecnologia não é diferente. Principalmente quando há o ingresso de sócios investidores que a princípio não têm ligação nenhuma com os empreendedores e com o negócio.

Para que se minimize ao máximo as possibilidades de desgaste na relação societária, principalmente em questões mais sensíveis, como prestação de contas financeira, é importante que o contrato ou estatuto social, dependendo do tipo societário da empresa, seja muito bem elaborado, com cláusulas prevendo claramente as obrigações e responsabilidades de cada sócio no negócio, o quórum e limites de representação da empresa, quórum de deliberações escalonado, a criação ou não de um Conselho de Administração, bem como a possibilidade de se utilizar um mediador previamente escolhido para intermediar possíveis conflitos, entre outras cláusulas.

Além das cláusulas protetivas dos direitos e obrigações dos sócios, é de extrema importância a elaboração de um Acordo de Sócios prevendo todas as condições acordadas em relação à remuneração dos sócios, investimentos na empresa, direito de preferência e limites de distribuições de lucros, forma de cálculo para venda de participação societária, regras para saída da sociedade e tudo que fizer parte da relação entre os sócios, inclusive com o investidor, que normalmente exige uma série de direitos para se resguardar do risco de investir e perder dinheiro no negócio.

 

Empréstimos para empresas de tecnologia

As empresas de tecnologia possuem uma alternativa na captação de recursos na esfera pública, a chamada FINEP, que é uma empresa pública de fomento à ciência, tecnologia, inovação, pesquisa e desenvolvimento de institutos tecnológicos e empresas privadas, tendo dois tipos de financiamentos: os reembolsáveis e os não reembolsáveis.

As linhas de financiamento abrangem diversas áreas de desenvolvimento científico e tecnológico, tais como pesquisas básicas ou aplicadas, inovações e desenvolvimento de produtos, serviços e processos, entre outros projetos, como implantação de parques tecnológicos e inovações em empresas já estabelecidas, encontros, seminários, congressos e feiras tecnológicas.

Na linha reembolsável, a empresa precisa pagar o valor emprestado acrescido de juros reduzidos. Já na linha não reembolsável, ou de subvenção, o Governo subsidia a empresa que não precisa devolver o valor investido.

 

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